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quinta-feira, 15 de março de 2012

Brasil Rede Cegonha:Treinamento Programa Nacional deTriagem Pré-Natal


Doenças investigadas: HIV, HTLV, HBV, HCV, TOXOPLASMOSE, CITOMEGALOVÍRUS, SÍFILIS E DOENÇA FALCIFORME.
Realizado em 15/03/12

O Programa de Pré-Natal caracteriza-se pelo desenvolvimento de ações preventivas e educativas por meio do contato freqüente e planejado da gestante com os serviços de saúde, possibilitando a intervenção precoce nos problemas que afetam a gravidez e futuramente o recém-nascido. Têm-se como objetivos básicos do Pré- Natal:
- Preparar a mulher para a maternidade: instrução sobre o parto e puericultura;
- Orientações sobre hábito de vida: higiene Pré-Natal;
- Evitar o uso de medicações ou medidas que possam prejudicar o feto;
-Tratar os pequenos distúrbios habituais à gravidez;
- Fazer profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças próprias da gestação ou dela intercorrentes.
- Orientar psicologicamente a gestante.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Facilitar o acesso das gestantes a os exames do Pré- Natal;
Melhorar o conhecimento do perfil epidemiológico dos agravos neste grupo para subsidiar intervenções;
Melhoria da qualidade de saúde da mulher;
Melhoria da qualidade de saúde do recém-nascido e diminuição da  mortalidade infantil;
Aumentar a quantidadede gestantes testadas no Pré-Natal para as patologia prioritárias;
Proporcionar a reduçãoda prevalência e da transmissão verticaldas patologias triadas, principalmente o:

HIV, Sífilis, HepatiteB, Toxoplasmose, Citomegalovirus, Rubéola etc;
Melhorar o cadastramento e seguimento das gestantes.

SITUAÇÃO DA AIDS E A SÍFILIS NO BRASIL
- 80% dos casos de menores de 13 anos contaminados com HIV ocorrem por transmissão vertical;
- 65% dos casos de transmissão vertical do HIV ocorrem no trabalho de parto;
- A cobertura da triagem para o HIV durante o pré-natal é inferior a 60%  e na sífilis a 10%;
- A prevalência de Sífilis na gravidez chega a 2%;
- A taxa de transmissão vertical da sífilis é superior a 70%;
- Foram registrados em 2006 no Brasil 3.141 casos de sífilis congênita;
- A taxa de mortalidade por sífilis congênita é elevada podendo chegar a 40% dos casos.

Uma das principais preocupaçõesdas instituições vinculadas a saúde da mulher e da criança no Brasil na atualidade é assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento Pré-Natal, especialmente a realização de exames laboratoriais para o controle de doenças infecciosa.

DOENÇAS INFECCIOSAS INCLUIDAS NO PRÉ-NATAL

TOXOPLASMOSE
A Toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii . Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo. A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar desapercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal.
Estima-se que 60% das gestantes brasileiras já tenham contraído a toxoplasmose antes da gestação. A infecção pode ser adquirida de várias formas: ingestão de carne mal-passada, água não filtrada e verduras e legumes lavados de forma inadequada. Entretanto, a maior fonte de transmissão da infecção é pelo contato com animais (cachorro e, principalmente,com gatos).
Se adquirida durante a gravidez, a toxoplasmose pode ser transmitida ao bebê. Quando isso ocorre, a maioria deles permanecem sadios. No entanto, uma pequena parte apresentará sintomas da doença, que serão mais graves quanto mais precoce a infecção tiver sido adquirida. No entanto, hoje existem exames que permitem ao médico saber se o bebê encontra-se infectado ou não, pois há medicamentos eficazes que permitem tratar a infecção do bebê durante a gestação, diminuindo a probabilidade de que ocorram problemas graves.

 RUBÉOLA
Doença infecciosa causada por vírus (togavirus do gênero ), que acomete crianças e adultos, embora esteja entre as que os médicos comumente denominam como próprias da infância. Embora se considere a rubéola uma doença viral em geral benigna, quando ocorre durante a gravidez pode ser transmitida ao feto, levando, às vezes, à infecção grave que se manifesta por morte intra-uterina ou malformações. A difusão da vacinação tem diminuído a incidência da rubéola congênita, que é hoje estimada em aproximadamente 4/10.000 gestações. A rubéola pode ser transmitida através da inalação de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas que contém o vírus ou via sangüínea, no caso do feto, a partir da mãe grávida. A doença no bebê é mais grave quando adquirida precocemente na gestação. Durante os primeiros três meses, mais de 80% das infecções maternas por rubéola são transmitidas ao bebê, com um risco de abortamento de 20% e, quando a gestação prossegue, o risco de malformação congênita grave é de mais de 90%. O risco de transmissão fetal diminui progressivamenteapós o 3º mês sendo que o risco de malformação é praticamente nulo após o 4º mês.

CITOMEGALOVÍRUS (CMV)
O citomegalovírus ou CMV é um patógeno humano oportunista, onde a infecção é particularmente prevalente entre crianças e adultos jovens. A infecção por CMV é um problema de saúde importante em certos grupos de pacientes,como recém-nascidos, pacientes transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes portadores da AIDS.
O citomegalovirus é a infecção congênita mais freqüente. Estima-se que no Brasil entre 0,5% a 6,8% dos bebês nascem contaminados pelo citomegalovírus. Entre os bebês infectados, 5 a 20% apresentam sintomas ao nascimento (pneumonia, baixo peso, prematuridade, icterícia neonatal). A infecção pode provocar problemas permanentes no bebê, principalmente atraso no desenvolvimento e retardo mental.
A transmissão do vírus ao bebê ocorre normalmente como resultado de uma infecção materna aguda. Caso haja o contato com o vírus, confirma do por meio de exames laboratoriais, o diagnóstico Pré-Natal da infecção fetal pode ser feito através da amniocentese, que pode ser realizadaa partirdo 6º mêsde gestação.

AIDS
A Síndrome da Imuno deficiência Adquirida (AIDS) foi descrita pela primeira vez em 1981 e é uma doença infecciosa causada pelo vírus da imuno deficiência humana, que leva a uma perda da imunidade progressiva resultando em infecçõesgraves,tumoresmalignose outrasinfecçõesoportunistasquepodeconduzira morte. De 1980 a junho de 2005, foram registrados 371.827 casos de AIDS no Brasil. De um modo geral, a taxa de incidênciada AIDS (casos da doença por 100 mil habitantes) mantém-se estável, porém em patamares elevados - 17,2 em 2004. A razão entre homens e mulheres continua caindo e hoje está em 1,5 caso em homens para 1 caso em mulher. No início da epidemia, a razã oera de 16 casos em homens para 1 em mulher.
O vírus HIV pode ser transmitido por contatos sexual entre indivíduos infectados pelo HIV, exposição a sangue (incluindo o uso compartilhadode agulhas e seringas contaminadas) ou certos hemo derivados contaminados com HIV ou por transmissãoda mãe infectada para seu feto ou criança durante o período neonatal.
Atransmissão do vírus da mãe para o filho é responsável pela maioria dos casos de aids em crianças. O tratamento da gestante HIV + aumenta em até 70% a chancede o bebê nascer sem o vírus.

SÍFILIS
A sífilis doença infecciosa crônica causada por uma bactéria frágil, o , não tratada, progride tornando-secrônica e com manifestações. Sua progressão, de acordo com o grau de comprometimento do corpo, ao longo do tempo, foi dividida em estágios (primária, secundária e terciária). As duas primeiras fases são as de características mais marcantes de infecção, quando se observam mais sintomas e é mais transmissível.
Pode-se adquirir sífilis por contato sexual, via placentária (sífilis congênita,o feto adquire na vida intra-uterina),por beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa (que contenha a bactéria ), por transfusão de sangue ou derivado.
Principais aspectos a terem conta na transmissãoverticalda sífilis:
Transmissão materna pode ocorrerem qualquer fase gestacional;
A taxa de transmissão vertical da sífilis, em mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, durante os primeiros 4 anos de evolução da doença;
Ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas;
O tratamento da doença de forma adequada na gestação reduz o risco de transmissão da doença ao bebê para 1,5%.

HEPATITE B
A Hepatite B e uma doença infecciosa causada por um vírus que afeta fundamentalmente o fígado. O Vírus da Hepatite B (HBV) e um vírus que pode causar uma infecção para toda a vida, cirroses do fígado, câncer do fígado, falha hepática e morte. Após a infecção, o vírus concentra-se quase que totalmente nas células do fígado. A hepatite B pode ser adquirida através de transfusões de sangue, uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, relações sexuais, contato de secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões e por transmissão vertical das gestante contaminada ao bebê. O risco de transmissão para o bebê é pequeno no primeiro e segundo trimestre da gestação, porém é alto após o 7º mês. Outras vias de contaminação são o contato com sangue materno ou secreções vaginais contaminadas durante o partoou através do leite materno.
A incidência da hepatite B aguda na gestação é de aproximadamente 0,5%. O Bebê pode adquirir a infecção de gestantes que apresentam a infecção aguda ou que são portadoras crônicas do vírus da hepatite.

HEPATITE C
A hepatite C é uma doença do fígado adquirida pelo contato com sangue ou outros fluidos corporais infectados. É causada pelo vírus HCV, conhecido anteriormente como vírus nãoA / não B. A hepatite C é perigosa pois, em 85% dos casos, torna-se crônica, podendo evoluir para uma provável cirrose ou câncer no fígado. O período de evolução da doença é estimado em 20 a 30 anos, sendo que cada organismo reage diferentemente. Este prazo depende também dos cuidadose do modo de vida do paciente.Estima-seque de 2,5% a 4,9% da populaçãobrasileira,aproximadamente de 4,1 a 8 milhõesde pessoas,sejaportadorde hepatiteC.
A transmissão da hepatite C ocorre pelo contato entre o sangue ou secreção corporal contaminada com o sangue, mucosas ou pele machucada.Apesar de relatos recentes mostrando a presença do vírus em outras secreções ( leite, saliva, urina e esperma ), a quantidade do vírus parece ser pequena demais para causar infecção e não há dados que sugiram transmissão por essas vias. A transmissão materno-fetal é rara. Apesar das formas conhecidas de transmissão,20 a 30%dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.

HTLV 1+2
O HTLV é um vírus da família dos retrovírus (a mesma do HIV). O HTLV 1 causa principalmente uma modalidade rara de leucemia (Leucemia das Células T do adulto) que é normalmente fatal e uma doença neurológica degenerativa crônica mielopatía/paraparesía grave que afeta a capacidaded e andar.
Estima-se que 15 a 20 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras do HTLV-1. No Brasil, as estimativas apontam para 2,5 milhõesde infectados pelo vírus, com incidências mais elevada sna Bahia (1,35% a 1,80% da população), Pará (1,61%) e Pernambuco (0,33% a 0,82%). No entanto, assim como no resto do continente, são dados baseados em estudos de grupo sespecíficos, como doadores de sangue e gestantes.
Dentro das possíveis estratégias para a diminuição da incidência do HTLV no Brasil estaria a implantação de testes obrigatórios para detecçãod e HTLV em bancos de leitee consultas pré-natais.
O HTLV e transmitido de forma similar ao HIV, ou seja, por médio de fluidos corpóreos como o esperma, secreções vaginais, sangue, da gestante o feto e da mãe para o filho a través da amamentação.



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