Estamos presente na dor, porque já estivemos muito perto do sofrimento. Servirmos ao próximo, porque sabemos que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhemos o branco, porque queremos transmitir paz. Escolhemos publicar nossas ações, porque queremos transmitir fontes de saber. Escolhemos nos dedicar à saúde, porque respeitamos a vida.

"Trabalho não é apenas um meio de ganhar dinheiro ou de ser aceito e admirado. Muito mais do que isso, pode ser um meio de ser feliz, de se realizar, de fazer um mundo melhor."

sexta-feira, 30 de março de 2012

Realização do Teste do Pré-Natal: Doenças investigadas HIV, HTLV, HBV, HCV, TOXOPLASMOSE, CITOMEGALOVÍRUS, SÍFILIS E DOENÇA FALCIFORME




 
 Teste do Pré-Natal realizado em 29/03/12

A utilização de amostras de sangue seco para a triagem da detecção de anticorpos para o HIV vem sendo realizada desde o início dos anos 90 em procedimentos epidemiológicos em alguns países e é considerado pelos especialistas como grande opção em países em desenvolvimento e em regiões remotas nas quais não existe o suporte laboratorial adequado.

Os equipamentos de fácil aquisição – lancetas estéreis e papel de filtro – quando comparados com os usados para os testes sorológicos padrões – seringas, tubos, centrífugas, refrigeradores e freezers – consistem numa vantagem dos testes realizados em papel de filtro. Além disso, os filtros podem ser armazenados à temperatura ambiente, ocupam pouco espaço e podem ser enviados pelo correio. A economia em relação ao método tradicional, em alguns casos, pode ultrapassar 30%.

A triagem sorológica para o HIV em gestantes é preconizada no Brasil e faz parte da rotina do pré-natal em todo o país. Em outubro de 2003, o Ministério da Saúde, através do Comitê Assessor para Recomendações de Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-retroviral em Gestantes, do Programa Nacional de DST e Aids, revisou as Recomendações de Terapia Anti-Retroviral (TARV) e as demais condutas relacionadas à profilaxia da transmissão vertical do HIV.

O objetivo principal destas recomendações é a redução da taxa de transmissão vertical aos níveis encontrados em outros países, ou seja, entre zero e 2%, através do uso de anti-retrovirais combinados, da cesariana eletiva e da redução da carga viral em níveis menores do que 1.000 cópias/ml ao final da gestação. As mulheres infectadas pelo HIV devem ser aconselhadas sobre o risco de transmissão do vírus da AIDS durante a amamentação, e devem ser orientadas quanto à supressão da lactação e ao uso de substitutos do leite materno.

Embora essas intervenções estejam disponíveis para toda a população de gestantes infectadas pelo HIV, nem todas as mulheres recebem as orientações. As dificuldades da rede hospitalar em prover diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV, a cobertura insuficiente de mulheres testadas no pré-natal, principalmente nas populações mais vulneráveis ao HIV, e a qualidade do pré-natal, estão ainda aquém do desejável, resultando na administração de zidovudina injetável em menos de 50% do total de partos de mulheres estimadas como infectadas pelo HIV, de acordo com estimativas do próprio Ministério da Saúde.

As recomendações do Ministério da Saúde abrangem a realização de teste anti-HIV com consentimento para todas as gestantes na primeira consulta pré-natal e enfatiza a necessidade de realizar pelo menos uma sorologia durante o período gestacional. A repetição da sorologia para HIV, ao longo da gestação ou na admissão para parto, deve ser considerada em situações de exposição constante ao risco de aquisição do vírus ou quando a mulher se encontra no período de janela imunológica. Desta forma, a disponibilização, a organização e a agilidade na realização da triagem sorológica em gestantes consistem em ações potenciais para se alcançar melhores resultados na redução da transmissão vertical em regiões nas quais a estruturação dos serviços de saúde seja deficitária.

2 comentários: