A vacina contra a tuberculose (BCG - Bacilo de Calmette-Guérin) é elaborada a partir de uma bactéria atenuada de origem bovina (Mycobacterium bovis), que é semelhante ao microorganismo causador da doença (Mycobacterium tuberculosis). A BCG não impede a infecção e nem o desenvolvimento da tuberculose pulmonar, mas pode conferir certo grau de proteção para a meningite tuberculosa e para as formas disseminadas da doença.
O uso da BCG, que é bastante controverso, basicamente restringe-se aos países de maior prevalência da doença. No Brasil a BCG está no Calendário Básico de vacinação e sua aplicação é feita por via intradérmica no primeiro mês de vida. A indicação de doses subseqüentes de BCG na profilaxia da tuberculose é ainda mais desprovida de comprovação científica quanto à eficácia.
Após aplicação intradérmica da vacina é esperado o aparecimento de uma pápula ("pequeno caroço") avermelhada no local da aplicação em 2 a 6 semanas. Esta pápula pode atingir até 3 mm ao final da sexta semana e, a partir daí, regredir até desaparecer, deixando uma pequena cicatriz.
Eventos adversos
Os eventos adversos mais comumente associados à BCG ocorrem no local de aplicação da vacina. Em até 10% dos vacinados, ocorre formação de uma lesão ulcerada de cicatrização lenta (meses). É possível também a ocorrência de aumento dos gânglios linfáticos, em especial na cadeia axilar próxima ao local de aplicação que, por vezes, evolui para supuração (produção de pus), exigindo intervenção terapêutica. Podem ocorrer manifestações sistêmicas (febre, cansaço, cefaléia, dores musculares). As reações alérgicas graves (anafilaxia) são raras.
Contra-indicações e Precauções
A BCG está contra-indicada em indivíduos que tenham apresentado reação alérgica grave a dose prévia da vacina ou a seus componentes. É absolutamente contra-indicada em pessoas imunodeficientes, mesmo quando assintomáticas. É prudente adiar a vacinação em indivíduos com doença aguda grave ou crônica descompensada.
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